A RM VALE TI continua trazendo conteúdos para transformar os negócios por meio da tecnologia de negócios. O terceiro dia do evento contou com caminhos e dicas essenciais para aumentar a rentabilidade do varejo, trabalhar a acessibilidade e a inteligência emocional. Mais de 100 reuniões foram realizadas entre os empresários nas rodadas de negócios.
Clientes satisfeitos, maior rentabilidade
Alex Pereira, coordenador de comunicação da SoluCX, moderou e participou ativamente do painel NPS e CX: A Voz do Cliente na Nova Era Omnichannel. O moderador abordou a importância da satisfação do cliente para o sucesso dos negócios, pois um cliente que enxerga valor na relação com a marca é um cliente com chances de ter um ticket médio maior, de confiar e indicar os serviços e produtos para amigos e familiares. Explicou como a Net Promoter Score, métrica criada por Fred Heichheld, ajuda a mensurar a satisfação dos clientes.
Em seguida, Tiago Damazio, Head of Customer & User Experience da DMCard, defendeu que a busca por um atendimento de qualidade aos clientes faça parte da cultura da empresa, dentro de uma agenda ativa dos líderes. Ressaltou também que os clientes classificados como promotores devem ser ouvidos, pois são os mais dispostos a contribuir com a empresa, apontamento necessidades de melhorias e até mesmo cocriando e apoiando o desenvolvimento de novas soluções.
O CMO do Grupo Oscar, Renan Constantino, lembrou que a pandemia mudou o comportamento do consumidor, que buscou ser atendido por meio de canais digitais. Este cenário desafiador exigiu que a empresa também oferecesse um atendimento de qualidade por novas caminhos. Compartilhou que os vendedores não tinham autonomia para realizar vendas online, mas isto mudou. Com um processo de transformação digital eles foram capacitados e hoje, uma parcela significativa do faturamento é proveniente dos canais digitais.
Uso inteligente de chatbots
Um dos assuntos mais comentados no momento foi tema da palestra Chatbots: use a inteligência artificial a favor do seu negócio, que contou com a moderação de Fausto Lulio, consultor especialista em vendas do Sebrae-SP.
Fernando Campilho, Data & AI Senior Manager da Accenture Technology, introduziu o comércio conversacional com uma das tecnologias disruptivas do momento. Por meio da inteligência artificial, um agente virtual é capaz de conversar e atender de maneira personalizada as pessoas, considerando dados cadastrais e de consumo. Dessa maneira é possível oferecer respostas e até mesmo produtos com maior potencial de venda. Tudo isso de maneira automática. Citou que um dos grandes desafios da implementação de chatbots é a integração com sistemas legados, pois em muitos casos esbarram em limitações impostas por políticas de segurança e compliance.
Já Rafael Silva, gerente de projetos da GSW Soluções Integradas, trouxe informações sobre a evolução do mercado brasileiro de chatbots, dominado pelas verticais do setor financeiro, varejista e de telecomunicações. Reforçou que a transformação digital não é sinônimo de digitalização de processos analógicos, para tanto é necessário absorver a inovação na cultura da empresa. Muitas organizações adotaram o atendimento manual por meio do WhatsApp, porém a falta de automatização acaba gerando problemas como filas de atendimento, alto tempo de resposta e até mesmo imprecisão nas informações.
Alex Winetzki, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Stefanini, encerrou o painel falando que a maneira em que as interações com os chatbots são feitas está evoluindo, como por via voz por exemplo. Todos esses avanços facilitam a interação do ser humano com os sistemas. Citou também a criação da Woopi, empresa inovadora de tecnologia cognitiva e unidade de pesquisa e desenvolvimento da Stefanini, que no início apostaram em um modelo cognitivo próprio, usando algoritmo semântico e atualmente atendem contas globais.
Aumentando a competitividade
Diogo Branquinho, diretor da TecSUS, moderou o último painel do período da manhã.Em parceria com outros especialistas, abordou as Estratégias Para Aumentar a Competitividade Com IoT e IA.
O professor de engenharia de sistemas eletrônicos da USP, Marcelo Zuffo, contou sobre as atividades do Centro Interdisciplinar em Tecnologias Interativas (CITI-USP), plataforma para projetos multidisciplinares, com destaque para o programa Caninos Loucos, que desenvolve single board computers (SBCs) abertas para internet das coisas. O programa busca formar uma comunidade de desenvolvedores para uso da tecnologia de IoT no meio industrial e disseminar a aprendizagem de eletrônica embarcada no Brasil.
Tarcísio Peres, CEO da TSPX,compartilhou cases do uso de dispositivos IoT. Um dos exemplos citados foi uma plataforma SaaS desenvolvida para a cadeia de suprimentos, permitindo o rastreamento multimodal. Um painel exibe o mapeamento geral e detalhado sobre cada pedido, permitindo uma compreensão local do que pode estar impactando no prazo das entregas, como condições climáticas ou rotas complexas.
O último palestrante da manhã, Caio Jahara, cofundador e CEO da R2U.io,exibiu soluções de realidade aumentada que podem ser utilizadas pelo varejo e aplicações do 3D em diversas indústrias. Explicou também as etapas do desenvolvimento 3D, como modelagem, texturização, animação e renderização.
Inteligência emocional
Com a moderação de Célia Natale, diretora e fundadora da Conexão T&D, foi dado continuidade aos painéis com o tema Inteligência Emocional no Trabalho – Como Cuidar do Colaborador em Home Office.
Para Nádia Santos, consultora parceira da Conexão T&D, a inteligência emocional carrega filtros culturais que interferem no trabalho em home office.
Em seguida foi a vez de Paula Talmelli, CEO do Bem-Estar Mental, falar sobre como reduzir a ansiedade em home office e delineou estratégias para manter o ritmo de trabalho com pausas. Deu a dica: não seja multitarefa: termine uma tarefa e respire fundo antes de começar a próxima para liberar serotonina e aumentar a produtividade. São algumas estratégias para equilibrar produtividade e bem-estar.
Rosangela Mafort, advogada, psicóloga clínica e jurídica, comentou sobre a inteligência emocional no trabalho e o autoconhecimento, propondo a percepção das próprias necessidades por meio da comunicação não violenta. Elencou dicas de autocuidado para quem trabalha em home office e para dar e receber feedback no trabalho.
Acessibilidade
O painel Multiexperiência Para Acessibilidade Digital teve a moderação de Simone Freire, idealizadora do Movimento Web Para Todos, que explicou o papel da acessibilidade digital e sua importância para cerca de um quarto da população brasileira.
Fabíola Calixto, fundadora da Alavanka Digital/Todos EAD, falou sobre sua experiência com pessoas que têm dificuldades de acesso e o desenvolvimento de cursos para implementar a acessibilidade digital.
Já Fernanda Kussama, gerente de design da Sidi, mostrou que a falta de conhecimento técnico é o principal empecilho para os avanços na acessibilidade digital, sendo necessário uma maior conscientização dos principais desafios de desenvolvimento.
Por fim, Ronaldo Tenório, CEO da Hand Talk falou sobre o desenvolvimento de projetos envolvendo pessoas com deficiência. A língua brasileira de sinais abriu as portas para a inovação como ferramenta de transformação social, ampliando a inclusão de pessoas por meio da tecnologia.
Pix, blockchain e carteiras digitais
O último painel do dia, moderado por Thiago Ponte, cofundador da panda3, abordou os Novos Meios de Pagamento, para facilitar as transações de vendas, melhorando a experiência do usuário.
O primeiro palestrante foi Daniel Melo, diretor comercial da CSJ Sistemas, que deu sua visão sobre os novos meios de pagamento. Destacou os ganhos de eficiência proporcionados pelo PIX, seja em custos ou velocidade. Também falou sobre as novas soluções do mercado que estão em desenvolvimento.
Sérgio Medeiros, sales & strategic business head da 7comm, falou sobre o futuro com soluções inteligentes e inovadoras, como o blockchain e reforçou a tendência em utilizar cada vez menos o papel moeda.
Edilson Paterno, diretor comercial da DataInfo, falou sobre as carteiras digitais, que já são utilizadas por 61% dos brasileiros e que no próximo ano, 28% das transações no mundo serão feitas por e-wallets.
Último dia da RM VALE TI 21
Amanhã é o quarto e último dia da Feira e Congresso de Tecnologia e Inovação. Veja as palestras:
- 9h – Cibersegurança: proteja seus dados digitais e sua empresa no home office
- 10h15 – Tecnologias para reduzir riscos e tempo de execução de obras
- 11h30 – Telemedicina: os benefícios para a gestão pública da saúde
- 14h – Mobilidade do futuro: veículos elétricos, autônomos e voadores
- 15h15 – Reconhecimento de imagem: aliada da segurança pública e da empresa
- 16h30 – Como avaliar soluções para cidades inteligentes
Faça agora a sua inscrição e aproveite o último dia do evento.